Florianópolis define horários de operação por causa da continuação da onda de criminalidade



ônibus
Mais uma vez por causa de bandidos, que estão presos e soltos, a rotina do cidadão de bem é alterada. Por conta da onda de ataques em Santa Catarina, empresas de ônibus, trabalhadores e “forças” de segurança se reuniram nesta terça-feira e definiram novos horários de funcionamento dos transportes coletivo. São os maus tratos aos quais o cidadão que anda correto é submetido enquanto os presos reclamam e querem mais poder.
Acordo define novo esquema de ônibus em Florianópolis
Linhas sociais serão suspensas e entre 20 h e 23 h haverá escolta. Depois das 23 h, nenhum ônibus nas ruas
ADAMO BAZANI – CBN
Os ônibus municipais em Florianópolis, por conta da continuidade da onda de atentados e ações criminosas em Santa Catarina, a partir desta terça-feira, dia 19 de fevereiro de 2013, vão operar no seguinte esquema:
Entre 05h30 e 20h00 – tabelas normais, sem necessidade de escolta da Polícia Militar, Guarda Civil Municipal e equipes de segurança.
Entre 20h00 e 23h00 – redução significativa no número de ônibus em operação e nas escalas de horário. Os ônibus vão seguir em comboio até onde for possível e serão escoltados em todo o itinerário. Os trajetos também serão reduzidos.
As linhas sociais, que servem morros e comunidades mais afastadas, não operam mais após às 20 horas enquanto os presos continuarem de dentro das cadeias ordenando as ações criminosas que submetem o cidadão ao perigo, ao medo e à instabilidade e o Estado, à humilhação.
As linhas “Volta ao Morro Carvoeira Sul” e “Volta ao Morro Pantanal Norte” vão atender após as 20 horas, com escolta, apenas parcialmente os seguintes locais: Angelo Laporte, Caeira do Saco dos Limões, Monte Serrat, Morro da Queimada, Morro do 25, Morro do Horácio Gama D’eça, Morro do Horácio Mauro Ramos e Morro do Nova Trento, Morro do 25 Gama D’eça.
O novo esquema operacional foi definido nesta terça-feira depois de acordo entre o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano da Grande Florianópolis -Sintraturb, Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis – Setuf, Guarda Civil Municipal de Florianópolis e Polícia Militar de Santa Catarina.
Os ataques são atribuídos ao PGC – Primeiro Grupo Catarinense, uma facção de criminosos que agem dentro e fora das cadeias de Santa Catarina.
Chefes do PGC foram transferidos para presídios de segurança máxima federais, mas ainda há muitos seguidores atuando livremente, mesmo que presos.
A mais recente onda de ataques, que teve mais de 130 ações em ao menos 34 cidades de Santa Catarina, começou no dia 30 de janeiro e teria sido motivada por supostos maus tratos a presos, o que não é correto. Mas e quanto aos maus tratos contra o cidadão de bem exposto a estes criminosos, ninguém toma uma atitude eficaz?
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes