São Paulo suspende projeto Ecofrota para 2018
Engenheiros da SPTrans têm dúvidas em relação às novas tecnologias.Custos também são problemas
ADAMO BAZANI – CBN
O Programa Ecofrota, da prefeitura de São Paulo, que pretende até 2018 deixar a frota de ônibus menos poluente com tecnologias que não dependam do diesel, foi temporariamente suspenso pela SPTrans.
Os motivos são técnicos e financeiros.
Na área técnica, até o momento, nenhuma tecnologia, com exceção dos trólebus, se mostrou eficaz do ponto de vista operacional, de resultados de emissão de poluição ou de tempo para implantação para que em 2018 a cidade conte com ônibus com fontes renováveis de energia, que não usem somente o óleo diesel.
Alguns ônibus movidos com biocumbustível apresentaram problemas de corrosão no motor e fralta de desempenho. A empresa, na zona Leste de São Paulo, que chegou abastecer em 2011 cerca de 1.200 ônibus com este combustível, voltou a usar o diesel no primeiro semestre de 2013.
Os ônibus usavam o B 20, diesel com 20% de biocombustível em sua composição. O litro custava 18% mais que o diesel comum. Parte do custo era subsidiada pela Petrobrás. Depois a responsabilidade passou para a prefeitura que disse que não teve condições de arcar com o valor maior e subsidiar a diferença.
Os custos para subsidiar o biodisesel eram de R$ 2 milhões por mês. Caso a maior parte da frota dos 15 mil ônibus da cidade fosse com esta proporção B 20, os subsídios seriam de R$ 350 milhões só para o combustível.
Já em relação à questão financeira, para subsidiar a Ecofrota, a SPTrans deveria desembolsar até 2018 aproximadamente R$ 6 bilhões, o que é considerado um valor muito alto frente aos recursos disponíveis nos cofres do poder público.
A SPTrans diz que vai cumprir o programa até 2018 firmado em 2009 pela Lei deMudanças Climáticas de São Paulo.
A SPTrans admite que até o momento só os trólebus conseguem reduzir a poluição de maneira eficiente e com custos baixos, mas não fala em ampliação da rede.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Engenheiros da SPTrans têm dúvidas em relação às novas tecnologias.Custos também são problemas
ADAMO BAZANI – CBN
O Programa Ecofrota, da prefeitura de São Paulo, que pretende até 2018 deixar a frota de ônibus menos poluente com tecnologias que não dependam do diesel, foi temporariamente suspenso pela SPTrans.
Os motivos são técnicos e financeiros.
Na área técnica, até o momento, nenhuma tecnologia, com exceção dos trólebus, se mostrou eficaz do ponto de vista operacional, de resultados de emissão de poluição ou de tempo para implantação para que em 2018 a cidade conte com ônibus com fontes renováveis de energia, que não usem somente o óleo diesel.
Alguns ônibus movidos com biocumbustível apresentaram problemas de corrosão no motor e fralta de desempenho. A empresa, na zona Leste de São Paulo, que chegou abastecer em 2011 cerca de 1.200 ônibus com este combustível, voltou a usar o diesel no primeiro semestre de 2013.
Os ônibus usavam o B 20, diesel com 20% de biocombustível em sua composição. O litro custava 18% mais que o diesel comum. Parte do custo era subsidiada pela Petrobrás. Depois a responsabilidade passou para a prefeitura que disse que não teve condições de arcar com o valor maior e subsidiar a diferença.
Os custos para subsidiar o biodisesel eram de R$ 2 milhões por mês. Caso a maior parte da frota dos 15 mil ônibus da cidade fosse com esta proporção B 20, os subsídios seriam de R$ 350 milhões só para o combustível.
Já em relação à questão financeira, para subsidiar a Ecofrota, a SPTrans deveria desembolsar até 2018 aproximadamente R$ 6 bilhões, o que é considerado um valor muito alto frente aos recursos disponíveis nos cofres do poder público.
A SPTrans diz que vai cumprir o programa até 2018 firmado em 2009 pela Lei deMudanças Climáticas de São Paulo.
A SPTrans admite que até o momento só os trólebus conseguem reduzir a poluição de maneira eficiente e com custos baixos, mas não fala em ampliação da rede.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes