Marcopolo entra para o grupo de empresas que formam o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo
Encarroçadora de ônibus desbancou construtora e agora faz parte das 66 companhias com ações de peso na Ibovespa
ADAMO BAZANI – CBN
A encarroçadora de ônibus que se tornou multinacional brasileira, com unidades em outros oito países, tem mais um motivo para comemorar no mês que completa 65 anos de fundação.
A empresa agora faz parte do principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa.
O BM&FBovespa divulgou nesta sexta-feira, dia 1º de agosto de 2014, a prévia das empresas que compõem o índice, usado para a cotação da bolsa.
A Marcopolo desbancou a construtora Brookfield, que não faz mais parte da carteira principal do Ibovespa. O índice continua com 70 ativos de 66 empresas.
O peso da Marcopolo no Ibovespa é de 0,219%.
A maior representatividade no índice é do Itaú Unibanco com peso de 9,575%. Em seguida vêm os papéis preferenciais (sem direito a voto na companhia) da Petrobrás, com 7,851%.
O terceiro maior peso do Ibovespa é dos papéis preferenciais do Bradesco, com 7,143%. AAmbev é a quarta, com 6,481% de participação no Ibovespa e em quinto aparece a Vale, que representa 5,572% do índice.
O valor das ações, as perspectivas de mercado, a procura por parte dos investidores, a lucratividade, o total de recursos movimentados e a importância na economia geral do País são alguns dos fatores que determinam a presença no seleto grupo do Ibovespa.
Permanecer no índice não é fácil. Tanto é que o BM&FBovespa vai divulgar mais duas prévias com a relação de empresas antes de a nova carteira começar a valer: uma vai ser no dia 18 e outra no dia 29 deste mês de agosto.
A presença da Marcopolo no Ibovespa é considerada um feito sob diversos aspectos para o setor de transportes.
Primeiro porque não é comum uma empresa ligada ao setor de transporte de passageiros ter uma atuação deste nível no mercado de ações.
Normalmente, as empresas não abrem o capital e quando o fazem, normalmente atraem mais investidores do próprio setor.
O que se observa na procura de ações da Marcopolo é o interesse também por parte de negociadores que não atuam no transporte de passageiros.
Outro feito é que a Marcopolo conquista este espaço num ano em que a produção e venda de ônibus registra queda: de acordo com a Anfavea – Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores, a produção de ônibus este ano caiu 11,1% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Apesar de os números da Anfavea se referirem aos chassis, não dá para desassociar os números de fabricação de chassis do desempenho da indústria de carrocerias.
Ambas possuem momentos diferentes, mas os resultados das fabricantes de chassis refletem nos números das encarroçadoras.
Normalmente, mas não obrigatoriamente, quando há queda de produção de chassis, o impacto no setor de carrocerias vem em seguida.
É que os empresários de ônibus habitualmente compram primeiro o chassi e depois mandam colocar a carroceria. Dependendo da demanda do mercado, das encomendas e do modelo do ônibus, este processo hoje demora entre três meses e seis meses.
Pela nova metodologia de cálculo, para 2014, a Marcopolo estima uma produção de 20 mil 850 ônibus.
A empresa no Brasil possui duas unidades em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, onde produz os miniônibus da marca Volare e carrocerias para urbanos, articulados , biarticulados e rodoviários, e no Rio de Janeiro, voltada para a fabricação de modelos urbanos.
No exterior, há unidades na China, Egito, África do Sul, Argentina, México, Colômbia, Índia, e Austrália, com participações diretas ou associações com fabricantes locais.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Encarroçadora de ônibus desbancou construtora e agora faz parte das 66 companhias com ações de peso na Ibovespa
ADAMO BAZANI – CBN
A encarroçadora de ônibus que se tornou multinacional brasileira, com unidades em outros oito países, tem mais um motivo para comemorar no mês que completa 65 anos de fundação.
A empresa agora faz parte do principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa.
O BM&FBovespa divulgou nesta sexta-feira, dia 1º de agosto de 2014, a prévia das empresas que compõem o índice, usado para a cotação da bolsa.
A Marcopolo desbancou a construtora Brookfield, que não faz mais parte da carteira principal do Ibovespa. O índice continua com 70 ativos de 66 empresas.
O peso da Marcopolo no Ibovespa é de 0,219%.
A maior representatividade no índice é do Itaú Unibanco com peso de 9,575%. Em seguida vêm os papéis preferenciais (sem direito a voto na companhia) da Petrobrás, com 7,851%.
O terceiro maior peso do Ibovespa é dos papéis preferenciais do Bradesco, com 7,143%. AAmbev é a quarta, com 6,481% de participação no Ibovespa e em quinto aparece a Vale, que representa 5,572% do índice.
O valor das ações, as perspectivas de mercado, a procura por parte dos investidores, a lucratividade, o total de recursos movimentados e a importância na economia geral do País são alguns dos fatores que determinam a presença no seleto grupo do Ibovespa.
Permanecer no índice não é fácil. Tanto é que o BM&FBovespa vai divulgar mais duas prévias com a relação de empresas antes de a nova carteira começar a valer: uma vai ser no dia 18 e outra no dia 29 deste mês de agosto.
A presença da Marcopolo no Ibovespa é considerada um feito sob diversos aspectos para o setor de transportes.
Primeiro porque não é comum uma empresa ligada ao setor de transporte de passageiros ter uma atuação deste nível no mercado de ações.
Normalmente, as empresas não abrem o capital e quando o fazem, normalmente atraem mais investidores do próprio setor.
O que se observa na procura de ações da Marcopolo é o interesse também por parte de negociadores que não atuam no transporte de passageiros.
Outro feito é que a Marcopolo conquista este espaço num ano em que a produção e venda de ônibus registra queda: de acordo com a Anfavea – Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores, a produção de ônibus este ano caiu 11,1% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Apesar de os números da Anfavea se referirem aos chassis, não dá para desassociar os números de fabricação de chassis do desempenho da indústria de carrocerias.
Ambas possuem momentos diferentes, mas os resultados das fabricantes de chassis refletem nos números das encarroçadoras.
Normalmente, mas não obrigatoriamente, quando há queda de produção de chassis, o impacto no setor de carrocerias vem em seguida.
É que os empresários de ônibus habitualmente compram primeiro o chassi e depois mandam colocar a carroceria. Dependendo da demanda do mercado, das encomendas e do modelo do ônibus, este processo hoje demora entre três meses e seis meses.
Pela nova metodologia de cálculo, para 2014, a Marcopolo estima uma produção de 20 mil 850 ônibus.
A empresa no Brasil possui duas unidades em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, onde produz os miniônibus da marca Volare e carrocerias para urbanos, articulados , biarticulados e rodoviários, e no Rio de Janeiro, voltada para a fabricação de modelos urbanos.
No exterior, há unidades na China, Egito, África do Sul, Argentina, México, Colômbia, Índia, e Austrália, com participações diretas ou associações com fabricantes locais.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes