Scania movido a GNV

Modelo com motor Euro 6 já foi lançado em México, Colômbia e Peru. Mercado brasileiro está em estudo


Scania GNV
Cresce cada vez mais a oferta de modelos de ônibus movidos por combustíveis menos poluentes e até com emissão zero, no caso dos elétricos. Ter um cardápio de opções é importante, pois cada cidade brasileira terá uma necessidade específica e, mais importante do que isso, um orçamento amplo ou limitado. Os ônibus elétricos e os híbridos ainda são muito caros, passam dos sete dígitos. 

Os modelos movidos a GNV (Gás Natural Veicular) aparecem como alternativa mais barata, e a Scania começa a apresentar o seu modelo da geração com motores Euro 6, lançado no final do ano passado na Europa, para as cidades da América Latina. Depois do México e da Colômbia, foi a vez do Peru receber o modelo para uso urbano. Segundo o diretor de vendas de ônibus urbanos da Scania para a região das Américas, a empresa está avaliando da introdução dessa tecnologia no Brasil.  

A nova geração do Scania Euro 6 GNV também pode funcionar com biogás. Ele está disponível com motores de 280 cv e 320 cv, podendo receber carrocerias de 12 metros (padrão para uso urbano), 15 metros e articulado (18 metros). O modelo da foto, que inicialmente fará parte da renovação da frota de ônibus da cidade de Lima, no Peru, é está equipado com motor de cinco cilindros (9,3 litros), ciclo Otto, 280 cv e carroceria de 12 metros.

No passado, a Mercedes-Benz já lançou ônibus movido a GNV nas cidades de São Paulo e  Rio de Janeiro. Porém, houve uma grande rejeição dos operadores de transportes urbanos de passageiros, e a fabricante desistiu da ideia. O principal problema apontado pelos clientes na época era a difícil tarefa de revender esses ônibus após cinco anos de uso.

Geralmente, os ônibus de São Paulo e Rio são vendidos depois desse período para cidades com menos recursos financeiros. Além dessas cidades menores não terem problemas ambientais como os grandes centros urbanos, a maioria delas não possui postos de abastecimento de GNV. Esse talvez seja o maior desafio para viabilizar o uso de ônibus movido a GNV no Brasil.