Manifestação terminou em confusão na região central de São Paulo. Carros da CET, da SPTrans da Polícia Militar e agências bancárias também sofreram danos
ADAMO BAZANI
A Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo informou que pelo menos oito ônibus do sistema da Capital Paulista foram depredados no protesto que ocorreu entre a tarde e a noite desta sexta feira dia, 8 de janeiro de 2016, contra o reajuste das tarifas de ônibus, metrô e trens que entrou em vigor neste sábado.
A maioria dos veículos teve vidros quebrados, bancos e portas destruídos e, em um deles, os manifestantes jogaram objetos em chamas para provocar incêndio, mas o fogo não se alastrou.
O protesto foi liderado pelo MPL – Movimento Passe Livre e começou de forma pacífica, mas jovens usando máscaras começaram a provocar a Polícia Militar e a praticar atos de vandalismo.
Houve confronto com os policiais que lançaram bombas de efeito moral.
Manifestantes queimaram lixo e atacaram bens públicos e privados.
De acordo com Secretaria de Segurança Pública, 17 pessoas foram detidas e três policiais militares foram feridos a pedradas.
Além dos oito ônibus, um carro da CET – Companhia de Engenharia de Tráfego, um veículo da SPTrans – São Paulo Transporte e duas viaturas da Polícia Militar foram danificados.
Também foram depredadas três agências bancárias que tiveram os vidros quebrados.
Responsável pelo protesto, o MPL informou que compareceram 30 mil manifestantes. A PM diz que foram 3 mil pessoas.
No Rio de Janeiro, onde também houve aumento de tarifa de ônibus, manifestantes realizaram protestos que também terminaram em violência e confronto com a Polícia Militar.
Os custos de depredações, riscos de operação e avarias também compõem as tarifas.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes