Greve de Ônibus no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

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Ônibus no Rio de Janeiro devem permanecer nas garagens nesta quarta-feira. Foto: Jornal do Brasil.
Greve de ônibus no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense
Reivindicação dos motoristas e cobradores da baixada é a mesma dos grevistas da capital
CBN RIO DE JANEIRO
ADAMO BAZANI –CBN SÃO PAULO
Além da greve de ônibus na cidade do Rio de Janeiro, os funcionários dos transportes da Baixada Fluminense também decretaram paralisação.
Funcionários de Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Belford Roxo, Japeri e Queimados declararam fazer uma paralisação a partir de meia noite desta quarta-feira.
Cerca de 3,8 mil ônibus circulam diariamente nas cidades e a paralisação terá pelo menos 24 horas de duração. No entanto, poderá ser estendida até quinta-feira. A prefeitura de Nova Iguaçu informou que vai reforçar o efetivo de agentes da Secretaria de Transportes para coibir transportes irregulares de táxis, kombis e vans.
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NO RIO DE JANEIRO:
A greve de ônibus do Rio de Janeiro continua nesta quarta-feira, dia 14 de maio de 2014.
O movimento foi considerado ilegal pela desembargadora Maria das Graças Paranhos, do Tribunal Regional do Trabalho.
Ela determinou que nesta quarta-feira, pelo menos 70% da frota de ônibus estejam circulando na cidade do Rio de Janeiro. Os grevistas não deram garantia de retorno e de cumprimento da determinação.
Mas o Sindicato dos Trabalhadores já disse que será impossível cumprir este percentual. Até mesmo o secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão, não acredita que 70% dos ônibus estejam nas ruas. Ele prevê que apenas em torno de 30% da frota de ônibus da cidade estejam circulando.
Os serviços dos trens da Supervia, do Metrô Rio e das Barcas da CCR devem continuar reforçados nesta quarta-feira.
Caso a ordem não seja cumprida, o Sintraturb/RJ – Sindicato Municipal dos Trabalhadores Empregados em Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Rio de Janeiro, que representa os motoristas e cobradores, pode receber multa diária de R$ 50 mil.
A greve é abusiva e ilegal, segundo a Justiça, porque não respeitou quantidade mínima de frota, por se tratar de serviços essenciais à população, e não cumpriu o prazo de 72 horas de antecedência após a decisão para ser iniciada com o objetivo de a população, empresas e poder público se preparar, como exige a lei.
A ilegalidade da greve já tinha sido decretada por liminar pela juíza Andréia Florêncio Berto, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ/RJ), atendendo pedido do Rio Ônibus – Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro.
Por causa da determinação, quatro pessoas apontadas como organizadoras da paralisação foram proibidas de participar de piquetes, protestos ou qualquer ato que prejudique a circulação dos ônibus. São elas: Hélio Alfredo Deodoro, Maura Lúcia Gonçalves, Luiz Cláudio Gonçalves e Luiz Fernando Mariano.
O Sintraturb/RJ deve recorrer da decisão sobre a multa por alegar que não foi o sindicato dos trabalhadores que incitou a greve e sim uma ala dissidente.
Esta ala está insatisfeita com o acordo firmado em abril entre o Sintraturb/RJ e o Rio Ônibus.
Na ocasião, foi acertado aumento salarial de 10% para os motoristas e cobradores. O salário base de um motorista no Rio de Janeiro passou para R$ 1950, 00 aproximadamente. Também foi acertado do Vale-Alimentação de R$ 120 para R$ 150, com desconto de R$ 10, passando a R$ 140,00.
A ala dissidente quer aumento salarial de 40% e Vale-Alimentação de R$ 400. Os grevistas argumentam que o acordo em abril entre Sintraturb/RJ e Rio Ônibus foi feito sem discussão com os trabalhadores.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN,especializado em transportes