Bi Articulados no brt transcarioca.

 Mês que vem começarão á rodar no brt transcarioca os novos carros bi-articulados que já estão prontos na neobus no rio grande do sul.
Os bi articulados serão operados pelo o grupo redentor e irão fazer o trajeto Alvorada X Galeão
e Alvorada X Madureira.
Lucas Albuquerque do Portal Notícias de Ônibus.

Ônibus elétricos podem ajudar a evitar 256 mil mortes previstas em São Paulo até 2016, diz estudo da USP

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

trólebus
Trólebus. Veículos de tração elétrica, incentivo a corredores de ônibus e bicicletas e ampliação de áreas verdes estão entre as medidas apontadas por estudo inédito da USP que podem ajudar a evitar 256 mil mortes por causa da poluição até 2030 no Estado de São Paulo. Foto: Adamo Bazani
Ônibus elétrico está entre alternativas para evitar 256 mil mortes pela poluição, diz estudo da USP
Até 2016, mais de um milhão de pessoas devem ser internadas por causa da máqualidade do ar
ADAMO BAZANI – CBN
É na mobilidade limpa, como ônibus elétricos, metrô e bicicleta que pode estar a salvação de 256 mil pessoas no Estado de São Paulo num período de 16 anos.
A constatação não é de nenhum entusiasta de transportes, de tecnologia ou amante danatureza, mas faz parte das alternativas de um inédito estudo realizado pela USP – Universidade de São Paulo, divulgado nesta sexta-feira, dia 08 de agosto de 2014.
Além disso, o trabalho que teve como uma das coordenadoras a professora Evangelina Vormittag, ressalta a necessidade de redução na frota de veículos particulares nas cidades e a melhoria da qualidade do diesel, não se restringindo à composição S-10 (10 partículas de enxofre por milhão), e dos motores dos ônibus e caminhões, havendo a necessidade de evolução e também não parando nas normas com base nos padrões internacionais EURO V, que significaram avanços, mas não o suficiente.
O estudo do Instituto de Saúde e Sustentabilidade, realizado por pesquisadores e doutores da USP, com base nos dados de mortes e internações hospitalares de 2011, foi minucioso e demorou quase dois anos para ser concluído. O trabalho projeta que em 16 anos, se estas medidas não ganharem ritmo de crescimento, 256 mil pessoas podem morrer por causa da poluição no Estado de São Paulo. Além disso, 1 milhão de pessoas podem ser internadas devido a má qualidade do ar.
Isso significa um gasto de R$ 1,5 bilhão a mais no sistema de saúde pública.
Deste total de mortos, 25%, ou 59 mil pessoas, devem perder a vida por causa da poluição do ar somente na capital paulista.
Além da mobilidade elétrica e não motorizada, também está entre as alternativas o estímulo a criação de áreas verdes.
As árvores são verdadeiros filtros do ar. No entanto, elas estão cada vez mais escassas. Não é exagero dizer que há um desmatamento urbano. Áreas verdes dão lugar a vias cada vez mais largas com o objetivo de atender à frota de veículos particulares que crescem numa taxa 10% maior que o crescimento da população.
Bairros com casas térreas e que tinham quintais, dão lugar a prédios que não contemplam um jardim nos projetos para os construtores “não perderem nenhum centímetro” e criarem mais espaços de moradia e venderem.
Integrar área verde com transporte limpo é uma ação que já existe no Brasil e precisa ser ampliada.
Em Curitiba, está em expansão a Linha Verde, que deve se estender da capital paranaense para a cidade de Fazenda Rio Grande, na região metropolitana. Trata-se de um corredor de ônibus que incorpora área ajardinada e ciclovia.
Já na região Metropolitana de São Paulo, há o Programa Corredor Verde desenvolvido pela empresa operadora de ônibus, trólebus e ônibus elétrico a bateria, Metra, que desde 2008 foi responsável por plantar aproximadamente 5 mil árvores nos 33 quilômetros de extensão do Corredor Metropolitano ABD, que liga São Mateus, na zona Leste da Capital Paulista, ao bairro do Jabaquara, na zona Sul da cidade de São Paulo, passando pelos municípios de Santo André, Mauá (Terminal Sônia Maria), São Bernardo do Campo e Diadema, na região do ABC Paulista. Há também a extensão de 11 quilômetros entre Diadema e a estação Berrini da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, também na zona Sul de São Paulo por onde é testado um ônibus elétrico que se move apenas com baterias e elétricos híbridos já em operação comercial, que funcionam com dois motores: diesel e elétrico.
Em várias cidades brasileiras a BYD, empresa chinesa que deve se instalar em Campinas, no interior de São Paulo, testa um ônibus elétrico movido somente com baterias também.
O veículo será produzido no Brasil na nova planta.
Em Curitiba e em São José dos Pinhais, a empresa de ônibus Auto Viação São José, faz um balanço positivo dos testes do ônibus elétrico híbrido Biobus, que como diferencial possui um sistema de supercapacitores que dispensa o uso de baterias e faz com que o motor a diesel seja acionado poucas vezes.
Na planta de Curitiba, a Volvo já produz desde 2012 ônibus elétricos híbridos que reduzem a poluição de 35% a 80% dependendo do material lançado na atmosfera.
Estes veículos circulam pela capital paranaense.
A cidade de São Paulo deve ter unidades.
Os ônibus elétricos e trólebus novos operados pela Metra, no ABC Paulista, e pela Ambiental Transportes, na Capital, são fabricados pela empresa Eletra, de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
A empresa faz parte do Grupo ABC, da família Setti & Braga, controladora da Metra.
DOENÇAS:
Entre as principais doenças ocasionadas e agravadas pela poluição que podem provocar até 2030, 256 mil mortes no Estado de São Paulo estão:
– Asma, bronquites e outros males respiratórios: 93 mil mortes, já contabilizando crianças e idosos
– Câncer: 30 mil mortes. Além de câncer no pulmão, há também o câncer na laringe, faringe e esôfago, que também podem ter relação com a poluição.
MEDIÇÃO DE POLUIÇÃO:
A professora Evangelina Vormittag defende também que o governo brasileiro mude as formas de medir e tolerar a poluição.
Os padrões brasileiros são pouco rígidos, por exemplo, em relação ao material particulado que são poluentes no ar com poeira, fuligem e fumaça.
O Brasil tolera 150 microgramas por metro cúbico, número três vezes maior que o considerado máximo tolerável pela OMS – Organização Mundial da Saúde que é de 50 microgramas por metro cúbico.
Com índices mais rigorosos, o governo brasileiro poderia implantar ações e exigir de empresas atitudes mais firmes de combate à poluição.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Bus elite fecha parceria com Portal Notícias de Ônibus.

Foi realizada hoje, dia 08/08/2014, a parceria do nosso blog com o portal noticias de ônibus e o grupo ONEBUS (Organização Nacional de Estudo sobre Ônibus). Em breve nosso blogue receberá um novo layout.
www.noticiasonibus.blogspot.com

BRT Rio de Janeiro - Auto Viação Jabour

A Auto Viação Jabour já adquiriu os novos modelos Marcopolo Viale BRT montados sobre os chassis Mercedes Benz O-500 M e estão operando no trecho do BRT Trans Oeste Campo Grande - Santa cruz e Campo Grande - Cesarão junto com as empresas Expresso Pégaso, Transportes Campo Grande, Viação Algarve e Auto Viação Bangu.





Prefeitura do Rio quer triplicar quantidade de pessoas no transporte público

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

ônibus
Ônibus do sistema de BRT do Rio de JANEIRO. Com obras de mobilidade urbana após Olimpíadas, cidade quer aumentar de 18% para 63% o número de moradores que usam transporte público. Divulgação – Prefeitura
Prefeitura do Rio de Janeiro acredita que número da população que usa transporte público vai triplicar depois de obras de mobilidade
Após BRTs, VLT e ampliação do Metrô, pelo menos 63% dos moradores vão deixar o carro em casa, segundo estimativas do poder público
ADAMO BAZANI – CBN
A cidade do Rio de Janeiro anunciou que até as Olimpíadas em 2016 devem ser investidos R$ 37,6 bilhões, sendo 57% provenientes de verbas privadas e 43% de verbas públicas.
Deste total, segundo o poder público, R$ 24,1 bilhões serão para obras que podem ser consideradas legado, como revitalização da zona Portuária, despoluição da Baía de Guanabara e lagoas da BARRA DA TIJUCA e para MOBILIDADE URBANA.
Foram colocadas nesta “conta de benefícios” intervenções que já foram completamente ou parcialmente concluídas, como os corredores para trânsito rápido de ônibus – BRT, a exemplo do TransOeste e do Transcarioca, previstos para COPA do Mundo.
A prefeitura anunciou que espera, após a implantação dos novos sistemas de transportes, que a parcela de pessoas na cidade que usam o transporte público suba dos atuais 18% para 63%, mais que o triplo.
Entre as principais intervenções no setor estão:
– Corredor de Ônibus BRT TransOeste: Barra da Tijuca a SANTA CRUZ e Campo Grande
– Corredor de Ônibus BRT TransCarioca: Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional do Galeão
– Corredor de Ônibus BRT TransOlímpica: JACAREPAGUá a Deodoro.
– VLT Veículo Leve sobre Trilhos: região central do Rio à zona portuária
– Metrô: Nova linha de 16 quilômetros de Ipanema à Barra da Tijuca.
A prefeitura promete ainda integração física e tarifária destes diferentes meios de transporte.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Transporte individual representa 85% dos custos de mobilidade no País, mas só transporta 31% mostra estudo inédito

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

mobilidade urbana
Ônibus urbano. Transportes coletivos são responsáveis por mais da metade da distância percorrida pelas pessoas em 489 municípios e por atender 29% dos deslocamentos. Mesmo assim, o transporte individual ainda recebe três vezes mais investimentos e provoca custos cada vez maiores para a sociedade. Foto: Adamo Bazani
Transporte individual custa cada vez mais para a sociedade, diz relatório da ANTP
Deslocamentos por carros representam 85% dos gastos mas só atendem 31% das pessoas.Viagens a pé ou de bicicleta são maioria e ônibus atendem a maior parte dos passageiros por transporte público
ADAMO BAZANI – CBN
Que os transportes individuais representam custos para o poder público, empresas e para o cidadão e que as polícias que incentivam essa forma de deslocamento hoje beiram a insanidade não é novidade.
Mas o fato novo é que a disparidade entre os custos e investimentos para os deslocamentos individuais e os coletivos aumentou.
Nesta terça-feira, dia 29 de julho de 2014, a ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicos divulgou o mais recente relatório do SIM – Sistema de Mobilidade Urbana da ANTP referentes aos dados de 2012.
O trabalho foi bem extenso e levantou os dados referentes aos sistemas de transportes de cidades com 60 mil habitantes ou mais, o que representa 438 municípios que somam 119 milhões de habitantes – 61% da população brasileira.
De acordo com o levantamento, contanto os próprios deslocamentos e as externalidades(poluição, acidentes de trânsito, uso de estrutura viária, etc), a mobilidade para 61% da população em todo o País custa R$ 205,8 bilhões. Os transportes individuais motorizados consomem R$ 174 milhões, o equivalente a 85% de todos os custos.
Mesmo pesando muito no bolso, os transportes individuais não atendem à maioria da população. De acordo com o levantamento, “as viagens a pé e em bicicleta foram a maioria (25,1 bilhões = 40% do total), seguidas pelo transporte individual motorizado – carros e motocicletas (19,4 bilhões = 31% do total) – e pelo transporte coletivo (18,2 bilhões = 29% do total), sendo que o transporte coletivo é responsável por percorrer 57,2% das distâncias nas viagens habituais. Os carros são usados apenas em 31% das distâncias.
Ainda segundo o estudo, apesar de representar mais custos e atender a minoria, o transporte individual recebe pelo menos três vezes mais recursos que o transporte coletivo ou para a melhoria dos deslocamentos a pé e por bicicleta, como construção de calçadasmelhores e ciclovias realmente seguras.
ÔNIBUS REPRESENTAM A GRANDE MAIORIA DOS DESLOCAMENTOS POR TRANSPORTE PÚBLICO:
Enquanto os carros e motos recebem a maior parte dos estímulos diretos e indiretos, são os ônibus os responsáveis pela maior parte dos deslocamentos em transportes públicos.
Os dados mostram a necessidade de o transporte por ônibus receber prioridade e investimentos para que a maioria da população brasileira seja atendida com mais qualidade.
“O relatório informa que do total das viagens realizadas em transporte coletivo (18,2 bilhões) nas cidades brasileiras com mais de 60 mil habitantes, 70% delas aconteceram em ônibus municipais, 17% em ônibus metropolitanos e 13% em trilhos” – diz a ANTP em nota.
TRANSPORTE PÚBLICO AINDA GASTA MAIS TEMPO DAS PESSOAS:
Os estudos ainda mostram outra complicada realidade. Apesar de realizar mais da metade das distâncias em todo o País, o transporte público, ao não receber prioridade no espaço urbano e nas políticas para a mobilidade, faz com que as pessoas percam mais tempo nos ônibus, trens e metrô.
“Nestes deslocamentos os habitantes das cidades que formam o universo da pesquisa (com mais de 60 mil moradores) gastam, por ano, 22,4 bilhões de horas para deslocar-se. A maior parte do tempo é gasta nos veículos de transporte público (49%), seguido pelas viagens a pé (25%). O usuário de transporte coletivo está sujeito, assim, a tempos médios de viagem superiores – gastam mais tempo, portanto, em seus deslocamentos. Conclusão: o transporte coletivo representa 29% do total das viagens, mas consome 49% do total de tempo na mobilidade.” – dia a ANTP
EXTERNALIDADES E CUSTO DE ENERGIA:
Os carros também podem ser considerados os grandes vilões em relação aos impactos ambientais e o consumo de energia para os deslocamentos. Além disso, o transporte individual tem custos de externalidades bem superiores ao transporte público: seis vezes mais em relação a acidentes de trânsito e quatro vezes mais a respeito da poluição, como detalha nota da ANTP:
“Energia. Na questão ambiental tem-se que os automóveis são os grandes vilões no consumo de energia. Por dia as pessoas que usam transporte individual consomem 75% da energia (72% carros e 3% motos), ao passo que os usuários de transporte coletivo consomem apenas 25%. No ano de 2012 os custos individuais da mobilidade são estimados em R$ 184,3 bilhões – desse montante o transporte individual responde por 79%. Já os custos sociais (arcados pelo poder público) são estimados em R$ 10,3 bilhões por ano. De novo o transporte individual é o maior gastador: 77%. Quando se comparam as despesas individuais por habitante, vemos que elas crescem de R$ 2,53 por dia nas cidades menores para R$ 7,20 por dia nos municípios maiores. Ou seja, quase triplica.
Custos das externalidades.Outro dado importante e ao mesmo tempo assustador: o custo total da emissão de poluentes e dos acidentes de trânsito é de R$ 21,5 bilhões por ano: cerca de R$ 6,3 bilhões referem-se à poluição atmosférica e R$ 15,2 bilhões aos acidentes de trânsito. Nestes indicadores mais uma vez se nota o prejuízo à sociedade causado pelo transporte individual (motorizado): o transporte coletivo responde por um gasto de R$ 2,2 bilhões por ano em acidentes de trânsito, enquanto o transporte individual consome mais de 6 vezes este valor: R$ 13 bilhões. No custo da poluição outra relação desfavorável para a maioria dos habitantes: enquanto o transporte coletivo provoca um custo de R$ 2,3 bilhões /ano, o transporte individual responde por quase o dobro, R$ 4 bilhões.”
Sendo assim, não investir em transporte público, além de ser o continuísmo de uma política que não dá valor às vidas, pode ser considerado do ponto de vista econômico e social uma tremenda falta de inteligência por parte daqueles que estão no poder e só pensam de forma imediatista: no voto de uma sociedade apaixonada por carro, apesar de sofrer por causa dele.
O RELATÓRIO COMPLETO VOCÊ CONFERE AQUI:
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Marcopolo entra para o grupo das empresas que formam o principal índice da Bovespa

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

ônibus Marcopolo
Ônibus da Marcopolo. Empresa entra para o seleto grupo das empresas que formam o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo. Importância na economia, procura pelos investidores e movimentação de negócios são alguns dos fatores para que uma empresa integre o Ibovespa. Foto: Adamo Bazani.
Marcopolo entra para o grupo de empresas que formam o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo
Encarroçadora de ônibus desbancou construtora e agora faz parte das 66 companhias com ações de peso na Ibovespa
ADAMO BAZANI – CBN
A encarroçadora de ônibus que se tornou multinacional brasileira, com unidades em outros oito países, tem mais um motivo para comemorar no mês que completa 65 anos de fundação.
A empresa agora faz parte do principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa.
O BM&FBovespa divulgou nesta sexta-feira, dia 1º de agosto de 2014, a prévia das empresas que compõem o índice, usado para a cotação da bolsa.
A Marcopolo desbancou a construtora Brookfield, que não faz mais parte da carteira principal do Ibovespa. O índice continua com 70 ativos de 66 empresas.
O peso da Marcopolo no Ibovespa é de 0,219%.
A maior representatividade no índice é do Itaú Unibanco com peso de 9,575%. Em seguida vêm os papéis preferenciais (sem direito a voto na companhia) da Petrobrás, com 7,851%.
O terceiro maior peso do Ibovespa é dos papéis preferenciais do Bradesco, com 7,143%. AAmbev é a quarta, com 6,481% de participação no Ibovespa e em quinto aparece a Vale, que representa 5,572% do índice.
O valor das ações, as perspectivas de mercado, a procura por parte dos investidores, a lucratividade, o total de recursos movimentados e a importância na economia geral do País são alguns dos fatores que determinam a presença no seleto grupo do Ibovespa.
Permanecer no índice não é fácil. Tanto é que o BM&FBovespa vai divulgar mais duas prévias com a relação de empresas antes de a nova carteira começar a valer: uma vai ser no dia 18 e outra no dia 29 deste mês de agosto.
A presença da Marcopolo no Ibovespa é considerada um feito sob diversos aspectos para o setor de transportes.
Primeiro porque não é comum uma empresa ligada ao setor de transporte de passageiros ter uma atuação deste nível no mercado de ações.
Normalmente, as empresas não abrem o capital e quando o fazem, normalmente atraem mais investidores do próprio setor.
O que se observa na procura de ações da Marcopolo é o interesse também por parte de negociadores que não atuam no transporte de passageiros.
Outro feito é que a Marcopolo conquista este espaço num ano em que a produção e venda de ônibus registra queda: de acordo com a Anfavea – Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores, a produção de ônibus este ano caiu 11,1% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Apesar de os números da Anfavea se referirem aos chassis, não dá para desassociar os números de fabricação de chassis do desempenho da indústria de carrocerias.
Ambas possuem momentos diferentes, mas os resultados das fabricantes de chassis refletem nos números das encarroçadoras.
Normalmente, mas não obrigatoriamente, quando há queda de produção de chassis, o impacto no setor de carrocerias vem em seguida.
É que os empresários de ônibus habitualmente compram primeiro o chassi e depois mandam colocar a carroceria. Dependendo da demanda do mercado, das encomendas e do modelo do ônibus, este processo hoje demora entre três meses e seis meses.
Pela nova metodologia de cálculo, para 2014, a Marcopolo estima uma produção de 20 mil 850 ônibus.
A empresa no Brasil possui duas unidades em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, onde produz os miniônibus da marca Volare e carrocerias para urbanos, articulados , biarticulados e rodoviários, e no Rio de Janeiro, voltada para a fabricação de modelos urbanos.
No exterior, há unidades na China, Egito, África do Sul, Argentina, México, Colômbia, Índia, e Austrália, com participações diretas ou associações com fabricantes locais.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes