BNDES torna mais vantajosos financiamentos de ônibus e caminhões pelo PSI – Finame

Fonte: Blog Ponto de Ônibus

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Financiamentos de ônibus devem se tornar mais vantajosos com novas regras do Finame. Foto: Adamo Bazani
Veículos serão financiados com base na TJLP e com cobertura de 70% do valor do ônibus ou caminhão
ADAMO BAZANI
O BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social anunciou nesta terça-feira, 29 de dezembro de 2015, novas regras para financiamento de ônibus caminhões e máquinas agrícolas pelo PSI – Programa de Sustentação do Investimento, com as linhas do Finame.
As novas condições atendem a uma reivindicação de diversos setores, com maior participação do banco dos financiamentos para micro, pequenas e médias empresas.
A maior parte dos valores dos veículos será coberta pelo BNDES, com correção pela TJLP – Taxa de Juros de Longo prazo, hoje em 7,5%.
O presidente da Fabus, associação que reúne os fabricantes de carrocerias de ônibus, José Antônio Fernandes Martins, já tinha adiantado no dia 15 de dezembro ao Blog Ponto de Ônibus, que a maior cobertura pela TJLP poderia estimular as compras e produção de veículos de transportes coletivos. Veja em: http://wp.me/p18rvS-5yq
As novas regras divulgadas nesta terça-feira atendem boa parte das reivindicações do setor der ônibus e caminhões. Segundo o BNDES, 70% do valor do caminhão ou do ônibus serão cobertos pela TJLP, com participação do banco de fomento. Os outros 30% vão ser financiados pelas taxas de mercado. Atualmente 50% dos valores dos ônibus e caminhões financiados pelo Finame são cobertos pela TJLP com participação do BNDES e sobre os outros 50% incidem taxas de mercado.
O CMN – Conselho Monetário Nacional, neste mês de dezembro, estipulou a TJLP em 7,5% ao ano valor, que vai vigorar no primeiro trimestre de 2016.
O Finame é maior fonte de financiamento para ônibus e caminhões do mercado.
As vendas de caminhões e ônibus acumulam queda de mais de 40% neste ano. Além de prejudicar a renovação da frota de ônibus urbanos e rodoviários, a atual situação econômica e o alto custo de financiamento, dizem os empresários, também compromete o nível de emprego no setor, tanto na produção dos ônibus e caminhões como nas operações.
Montadoras e encarroçadoras, além de fabricantes de implementos rodoviários, demitiram neste ano ou aderiram a programas de redução da jornada e de salários.
Em relação aos bens de capital em geral, pequenas e médias empresas terão 80% do valor com participação do BNDES. Já grandes empresas terão 70% financiados com base na TJLP.
Para pequenas empresas, o spread básico será de 1,5 %ao ano e a taxa de intermediação financeira de 0,1%, além da taxa de risco cobrada pelo agente financeiro.
Já para as grandes empresas, o spread básico vai ser somado à intermediação financeira de 0,5% ao ano
Adamo Bazani jornalista especializado em transportes